segunda-feira, 22 de março de 2010

Da Austria para a morada do diabo!


Chegamos por volta das 10:00 na base da andorinhas, eu, Juliano, Elder e o Mike um Austríaco muito gente boa (parece ser) e que não fala nada de português, como eu também não falo nada de inglês fechou, a comunicação foi quase nula, sorte que o Juliano manda um pouco e o Elder fala fluentemente, o Mike veio para escalar no Anhangava e conhecer a cidade, mas depois de Curitiba ainda não sabe ao certo para onde vai, provavelmente Foz.
O Juliano já havia dito que voltaria por volta das 15:00 devido a compromissos familiares então iniciamos logo os preparativos entramos na andorinhas só pra fazer um esquenta, guiei o Mike foi em segundo, rapelamos pela escoteiros em seguida foi o Juliano guiando e o Elder em segundo, como era a primeira escalada do Elder ele sentiu uma certa dificuldade mas ficou de boa em seguida, fomos então para a Solanjaca o Juliano entrou guiando e o Mike no meio da corda já que o Elder estava com o braço bombado e não entraria na via, o Mike teve dificuldade com a saída o que acho normal, pois também não a acho confortável, e na primeira tentativa sofreu uma queda retornou a parede e mandou de boa, fui eu então, fiz a saída de boa até estranhei mas quando cheguei no abaulado não segui as dicas que tinha dado ao Mike e deixei a mão direita muito baixa não conseguindo abrir a esquerda na pega boa, resultado não passei de prima, voltei dei uma balançada nos braços e entrei de novo, agora foi!!
Partimos para a monica até falamos pro Mike guiar mas ele preferiu não fazê-lo, então guiei ele foi em segundo e o Juliano fechou.
Com a hora ja avançada eles decidiram retornar, como o geromo disse que ia dar uma escalada e eu até havia visto o carro dele manobrando na frente da casa do chiquinho sabia que não demoraria a chegar, então desci com a galera até o Boulder da aderência que fica ao lado da trilha enquanto calçava a sapatilha o geromo chegou então ficamos tentando sem sucesso, depois de umas três batidas de joelho desistimos nos despedimos do Elder, Juliano e Mike e subimos novamente, entramos na Caninana e o vento ficou bem forte quando terminamos de rapelar uma garoa fraca começou a cair recolhemos os equipos e fomos pra caverna, tinha uma galera mandando a chaminé, a chuva que estava ameaçando nem se confirmou então dei segue pro geromo na solanjaca e a garoa voltou mais forte, recolhemos tudo e fomos pra caverna de novo, lá estava o castor tentando desentalar um equipo móvel que era um protótipo desenvolvido por ele que parecia ter se fundido na fenda, pegamos lanterna, canivetes e cordeletes para a "cirurgia" a briga foi dura mas tiramos o bicho, resolvemos descer, nos despedimos da galera e tocamos para baixo ainda sob uma leve chuva, quando chegamos em Curitiba constatamos que o que para nos foi uma garoa aqui foi um temporal.

terça-feira, 16 de março de 2010

UTP no Itupava:


Para contar essa história primeiro vou retornar no tempo, mais precisamente 2008 quando ingressamos na faculdade, pois desde lá estamos marcando uma descida no Itupava e já estava parecendo "papo de bêbado" daqueles que na hora da empolgação todos vão mas depois que passa a cachaçada ninguém acorda pra ir realmente.
Pronto!! explicado a origem da idéia vamos para a noite anterior à viagem, depois de uma semana de tempo bom chegou o sábado e durante o dia o tempo não demonstrou instabilidade, arrumei a mochila preparei um rango conferi os itens e fui dormir bem de boa, mas lá pelas 5 da madruga começou uma ventaca que parecia que iria arrancar o telhado da minha casa, pensei tamo fu... seguido da ventania veio a chuva, aí começou a chover ligações também, era a galera perguntando se ainda ia rolar a pernada e como alguns tinham dito que queriam ir mesmo com chuva passei a informação que sim ía rolar.
passamos pegar a galera e 7:30 já estávamos na Rui Barbosa só que faltava uma pessoa para lotar a van, pois uma amiga do geromo desistiu de manhã devido a chuva não me deixando tempo hábil para buscar outra pessoa, a boa notícia é que a chuva havia parado a até tinha um sol tímido, pegamos a estrada chegamos 8:30 na entrada da trilha fizemos o cadastro do IAP e ficamos no aguardo do Lucas de biologia que viria com a namorada nos encontrar direto na entrada do Itupava, porém quando ele chegou veio sozinho e como a namorada não quis ir estava resolvido o problema da van pois ele voltaria conosco.
Iniciamos a caminhada 8:45 e o tempo começou a ficar estranho nuvens carregadas se aproximavam e o vento começou a indicar que vinha chuva, e ela finalmente chegou pouco depois da entrada do Pão de Loth, nos acompanhou até praticamente a casa do Ipiranga, teve um fato curioso que me fez imaginar como seria naquela época onde se usavam-se mulas para subir a serra já que encontramos algumas descendo a trilha e foi difícil fazê-las voltar pois nosso grupo era grande e quando nos viam tocavam em frente, até que o geromo conseguiu ultrapassar os quatro e nós ficamos do lado da trilha para que os mesmos subissem caso contrário teriam descido até o Ipiranga.
Chegamos à casa do Ipiranga e batemos um rango a chuva havia parado e as meninas estavam com um pouco menos de frio,tinha uma galera na casa, então fomos para a roda d'água pois é um lugar bonito e vale umas fotos, tinha outra galera noiada, umas meninas de no máximo quinze anos todas alucinadas e como sempre muito lixo inclusive até surgiu a idéia de montar um projeto interdisciplinar da turma de biologia e ed. física para promover um mutirão de limpeza no local, mas isso é uma outra história.
Como o Chico havia torcido o pé optei por fazermos o caminho pelo trilho até a represa pois é mais plano e mais curto na minha opinião, passamos a ponte e a chuva voltou a apertar nisso vi que alguém passou correndo era o mosquito e sua previsão se confirmou era o trem esperamos passar e encontrei uma cobra que havia perdido a cabeça literalmente, ou foi atropelada ou algum trabalhador da ALL a decapitou, depois de uma breve discussão se faríamos ou não a autópsia continuamos e batemos muitas fotos da represa que estava com um bom nivel de água.
Voltamos à trilha e pouco tempo depois chegamos ao cadeado o Marumbi estava imponente como de costume mais um lanche muitas fotos vimos o trem passando ao longe e iniciamos a descida que estava muito lisa por sinal, alguns tombos e todos chegamos inteiros a estrada de prainhas,
um banho de rio na entrada do salto e por volta das 18:30 chegamos ao IAP onde a van nos aguardava, colocamos roupas secas e mandamos um pastel que parecia um travesseiro em São João da Graciosa brindamos o sucesso da pernada e voltamos felizes pelo dia na serra.